MÉTODOS ENCANTADORES PARA BEBES!!!
O método da Encantadora de Bebês
Algunsfatores são importantes e, para facilitar sua utilização, algumas siglas foram bem conhecidas.
Essa sigla centralizava o método.
EASY: fazer as coisas em uma determinada sequência:
E (eat = comer, mamar),
A (activity = atividade, trocar fralda, brincar com os pais, observar a janela, o móbile, passear),
S (sleep = dormir) e
Y (you = você, a hora que você dorme, descansa ou cuida da casa).
A
autora acredita que já com poucos dias de vida a criança pode
determinar seu comportamento no futuro baseada nas informações que
recebe nessa fase.
Suas recomendações devem ser seguidas desde que a criança nasce.
Primeira semana de vida
- Estabelecer
uma rotina de amamentação, acordando-o com intervalos de 2 horas
durante o dia e deixando que durma à noite o quanto ele quiser.
- Para
que a mãe possa descansar, se o médico permitir, o pai pode participar
do processo oferecendo uma mamadeira com leite artificial às noite, às
23 horas.
- 40 minutos após o bebê acordar para mamar, inicie uma rotina para ele dormir.
Trocar
a fralda, fechar a janela do quarto, falar baixinho com o bebê e
sentar-se na sua cama ou na poltrona com ele de pé no seu colo, com a
cabeça no seu ombro, e dar tapinhas de leve nas costas.
- Acalme o bebê, conversando com ele bem baixinho, cantando suavemente, e quando ele fechar os olhinhos, coloque-o no berço.
- Para o sono noturno, também vale um ritual ao escurecer começando com um banho e seguindo as mesmas orientações.
- Se
o bebê acorda à noite, não acenda a luz (uma luz fraquinha pode
ajudar), evitando estimular o bebê. Pode acariciar, amamentar, sem
cantar, conversar ou fazer festas, mostrando a ele que aquela é hora de
dormir e não brincar e colocá-lo no berço assim que terminar esse
processo.
- Se o bebê chorar e não dormir, apesar de amamentado e
limpo, tentar interpretar o choro do bebê e tentar resolver o problema
dele: ainda fome, xixi, cocô, frio, calor, dor, cansaço, tédio, doença.
Eliminando os itens nessa ordem, se ainda assim ele chora, pode ser
necessário levar a um atendimento médico.
Entre 1 e 6 semanas de vida
Ao
final de uma semana, já dá para conhecer os hábitos de seu bebê
(segundo a autora). Então deve-se anotar, durante 3 dias, todos esses
dados: que horas acorda, como acorda (chorando ou brincando?), quantos
cocôs fez, quanto mamou, quantas vezes, quanto tempo dormiu, depois de
quanto tempo acordado fica com sono, entre outros e aí compreender o
padrão que já deve estar criado.
Essa será a rotina do bebê, que pode até demorar a funcionar, mas deve ser repetida diariamente até dar certo.
Independente de qualquer fase, a autora não recomenda deixar os bebês chorando sem que ele seja atendido.
Uma dica:
É uma técnica que é chamada de
PU/
PD.
PU: pick up (pegar) /
PD: pick down (colocar) - no berço
O bebê está chorando. Se o problema foi identificado e resolvido, coloca-se o bebê no berço, para dormir calmamente.
Se
ele chorar, deve-se pegá-lo no colo (pick up), acalmá-lo e assim que
ele parar de chorar colocá-lo de volta no berço (pick down). Esse
procedimento deve ser repetido quantas vezes forem necessárias (1, 2, 5,
10, 50).
Essa técnica é recomendada para bebês acima de 4 meses.
Antes dessa idade o bebê pode ficar mais agitado se retirado do berço.
Antes disso, deve-se acalmá-lo no berço mesmo, com leves tapinhas nas
costas e usando o “
shhhhhh”.
Complementando a dica anterior: o “shhhhhh”
Segundo a autora o
Shush-pat (carinho do sussurro) pode ser usado para iniciar o sono ou ensinar bebês até 6 meses a adormecer.
No
quarto já sem luz, após enrolar o bebê de forma firme, porém
confortável, dê tapinhas firmes, ritmados, no meio das costas do bebê
(abaixo dos 4 meses no próprio berço) e faça o som
shhhhh perto da criança, passando perto da orelha e não diretamente dentro dela, em um tom mais forte e lento.
Se não resolver, pegue o bebê no colo, coloque-o sobre seu ombro e repita o processo (tapinhas e
shhhh), até que ele se acalme e aí coloque-o no berço, ainda no mesmo processo (tapinhas e
shhhh). Fique nesse processo por 7 a 10 minutos.
Eventualmente suspenda o
shhhh.
Se o bebê acordar, volte a fazer. Se ele se mantiver bem, calmo, vá
diminuindo a frequência e a intensidade do processo até que ele se
encontre no estágio 3 do sono não REM, com sua mão no peito do bebê.
Mais uma dica: A mamada dos sonhos
Essa técnica deve ser utilizada junto com todo o método, pois isoladamente não terá sucesso, segundo a autora.
Por
volta das 22 a 23 horas, a partir de 6 semanas de vida (apesar de
muitas mães usarem bem antes disso), mesmo com o bebê dormindo, ofereça
uma mamada para que ele não acorde à noite.
Segundo a autora, as
mães podem posicionar o bebê ao seio, com cuidado, para não acordá-lo,
ou avós ou o pai podem oferecer uma mamadeira, com leite materno
retirado previamente ou fórmula infantil, para que a mãe possa
descansar. Ele deve terminar essa mamada bem relaxado, a ponto de nem
precisar arrotar.
Essa técnica deve ser suspensa até no máximo um
ano de idade, se a mãe perceber que a rotina alimentar está bem
estruturada e a criança não necessitar mais dessa mamada.
Última dica: Paternidade acidental.
Quando
o bebê não para de chorar, bate o desespero e não se sabe o que fazer
e, ao invés de se tentar descobrir a causa e solucionar de forma efetiva
o seu problema, toma-se alguma atitude inadequada, mesmo
conscientemente, para resolver o “nosso problema” (que é ele não parar
de chorar) estamos diante de uma situação conhecida como
paternidade acidental.
Um
exemplo é sair para dar uma volta de carro no quarteirão, por saber que
assim ele para de chorar. Isso pode até resolver a situação
temporariamente, mas depois, para desacostumar o bebê, pode ser muito
mais trabalhoso. Assim, essa é uma atitude a ser evitada para que não
seja prolongada. Deve-se começar como se deseja continuar.
Minha opinião
Vale
lembrar que os métodos que apresento aqui são muito mais amplos e mais
abrangentes. Procuro apenas abordar alguns pontos que julgo centrais e
explicar, um pouco, as formas de pensamento dos autores e suas
histórias.
Pontos positivos:
- Existe uma preocupação em não deixar o bebê chorar.
- Algumas atitudes demonstram uma preocupação em que o bebê seja parte integrante da família, com afeto, carinho demonstrados.
- Algumas sugestões interessantes em relação a animais de estimação.
- Através
de toda a metodologia, mas não por conta dela, há um incentivo à maior
observação e contato com o bebê para reconhecer suas reações, seus
sinais de fome, de sono.
Pontos questionáveis:
- Iniciar
esse método logo ao nascer, pode fazer supor que exista alguma forma de
controlar o fisiológico, fazer com que o recém-nascido adquira
“consciência” sobre suas atitudes, especialmente sobre seu ritmo de
mamar, dormir. Seria como querer controlar fezes e urina baseando-se em
qualquer método.
- Apesar de muitos “bons resultados” relacionados
ao sono do bebê, não há nenhum embasamento científico que sustente o
método e não há trabalhos, a médio e longo prazo, demonstrando que as
atitudes tomadas não tragam nenhum problema posterior, quer seja de
ordem emocional, quer seja da ordem de sobrepeso ou até do próprio sono.
- Há
um evidente estímulo ao uso da mamadeira e da chupeta desde cedo
(cultural em sua formação, talvez), inclusive orientando para, desde
muito cedo, “alimentar um bebê que está dormindo” para que ele não
acorde durante a noite (mamada dos sonhos).
- Ao mesmo
tempo em que notamos uma maior tentativa do pai em entrar no processo da
família, dos cuidados com o bebê, há um certo descuido em chamar
aquelas atitudes que muitas mães, avós, pais tomam, em situações de
“desespero” ou “quando não sabem mais o que fazer” e que, até por serem
inadequadas podem causar problemas posteriores de “paternidade acidental”.
- Há
uma insistência na afirmação que o bebê deve se adaptar à casa e não a
casa ao bebê, que a mãe não pode ser “prejudicada” em sua evolução
profissional pelo nascimento de um filho (planejado), que as mães não
devem anular-se diante dos caprichos dos filhos e que os bebês precisam
de disciplina.
- Há alguns dados sombrios a respeito de sua história de vida pessoal que
foi muito investigada após seu sucesso. Até que ponto eles são reais ou
motivados por inveja, ganância, fica a critério de vocês e dos
historiadores.
Para concluir, vou colocar a seguir
uma citação com conselhos para a mamãe pós-moderna, atribuídos à autora
(na mesma matéria já referida acima). Vou manter a mesma ordenação.
Conselhos para a mamãe pós-moderna
- chame-o pelo primeiro nome e nunca de nenê. Evite apelidos carinhosos que podem confundi-lo;
- ao
chegar em casa vinda da maternidade, apresente cada cômodo da casa ao
recém-nascido. Como se você fosse o curador de um importante museu e
ele, um ilustre visitante;
- amar alguém leva tempo. O mesmo vale
para o filho que acabou de nascer. Não se preocupe se você sentir nos
primeiros dias que não o ama o suficiente;
- aquele choro ardido
do recém-nascido não significa necessariamente fome. Pode ser
simplesmente um sinal de que ele está entediado. Distraia-o, dê uma
volta com ele. Se não der certo, ofereça a chupeta;
- estabeleça
uma rígida rotina para ele seguir, com horários fixos para mamar,
brincar e dormir. Bebês exaustos dormem como um anjo. Lembre-se de que
ele é que precisa adaptar-se à sua rotina, e não o contrário;
- cuidado com os cães e gatos da casa. Traga um lençol da maternidade para que os animais se acostumem com o cheiro do bebê;
- embale
o bebê balançando-o junto ao peito, em movimentos para a frente e para
trás. Com isso ele se lembra do andar da mãe quando ainda estava no
útero;
- quando o bebê chorar, pegue-o no colo por alguns
instantes e devolva-o ao berço assim que ele parar. Diga: "Estou aqui,
não vou a lugar nenhum". Assim vocês vão criar um pacto de confiança e o
bebê não vai se tornar uma criança birrenta;
- os bebês choram
muito nos primeiros meses e isso é normal. Não dura para sempre, mas, se
você não consegue habituar-se ao choro, use um walkman ou protetor auricular, daquele usado em avião.
Já
passamos por alguns dos livros e métodos mais conhecidos e difundidos,
com seguidores fiéis, mães decepcionadas, outras esperançosas. Será que
ainda tem mais alguma outra possibilidade? Há ainda algo a mais a se
comentar sobre o sono dos bebês?
Ô. Tem muito mais. E cada um tem a sua própria receita.
A
partir da próxima semana, vamos retomar mais informações científicas,
estudos e até falar alguma coisa a respeito de problemas que podem
interferir no sono das crianças (pesadelos, terror noturno, entre
outros).